quarta-feira, 26 de maio de 2010

CARTA AO COMANDANTE DO RONDA

Senhor Cel. QOPM Werisleike Pontes Matias
comandante do Ronda do Quarteirão

De certo que numa democracia as ideologias e os pontos de vistas fluem no discurso e este, por sua vez, se desenvolve e apresenta críticas com as palavras proferidas. Num saudável, necessário e indispensável exercício de cidadania.

Então a grande pergunta repercute em alto tom nas cabeças pensantes do governo, o que será que deu errado? Com certeza não foi culpa do nobre Comandante que sai o Ten.Cel Studart que sempre e desde o começo se mostrou flexível em todas as situações possiveis na árdua tarefa de agradar a todos. Desde já deixo meus sinceros votos de boa sorte no trabalho que se inicia para ele na PRE, com certeza será também um ótimo trabalho.
Evidentemente que cidadania não é sinônima de libertinagem, desrespeito e, muito menos, de irresponsabilidade. Ao contrário a cidadania deve ser exercida com liberdade, respeito e responsabilidade, buscando assegurar, conforme o Preâmbulo da nossa Carta Magna, “...o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito...”

Dito isso, quero primeiro elogiar a postura e o desprendimento do nobre comandante em fazer uso de uma ferramenta (a fala) e da mídia, muito importante para projetar a Instituição PM e por que não dizer, também, todos os policiais, e seus feitos como administrador dessa elevada unidade da Instituição.

É inegável a inteligência e a habilidade de V.Sª, num momento tão oportuno, em busca de melhores condições para seus comandados, sem exceção. Mas um ponto sensível chama minha atenção, e agora me reporto, é o planejamento. Muito importante para o gerenciamento de tão nobre Instituição.

Planejamento estratratégico, intermediário e operacional com foco no material humano, ou seja, com políticas motivacionais. Qualquer estudante médio de administração sabe que o capital humano é o maior bem que uma organização possui, seja ela pública ou privada.

Sabe ainda que dentro da estrutura formal de qualquer organização existem os grupos formais e os informais, estes último mesmo sendo regidos pelas normas formais possuem consciência própria e agem a contra senso, caso não sejam valorizados e respeitados. Daí por que a importância de políticas de valorização, respeito e condições dignas de trabalho.

Não podemos "Viver com o pires na mão”, nos baixando aos políticos oportunistas do momento. É preciso dignidade para exercer tão nobre função na sociedade brasileira. A nossa polícia tem que ser técnica e não política, pois do jeito que está não atende aos anseios da sociedade que grita por segurança.

Portanto, Senhor Comandante, se faz necessário e oportuno uma adequada e radical mudança de postura no Ronda e por quê não dizer em toda Corporação Policial Militar.

Estamos em pleno Século XXI, não podemos compactuar com uma cultura organizacional tão mesquinha, atrasada e pouco inteligente. Digo isso porque faço parte da base operacional, atividade fim e já sofri e sofro, hoje menos, descriminação e preconceito disfarçado de brincadeira.

Mudanças já: Código de Ética, Estatuto, Plano de cargo, carreira e salário dignos ao profissional de Segurança Pública.

Certo de que a crítica construtiva ajuda e contribui para o aperfeiçoamento das pessoas e das Instituições, elevo votos de estima e consideração. BOA SORTE!!!

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