segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Concretização depois de 32 anos de sonho dos cearenses

Depois de 32 anos que o estado do Ceará se prepara para ter uma siderúrgica, o projeto começa a se desenvolver. O empreendimento está em fase de terraplenagem com previsão de conclusão em 2014.

Ter uma siderúrgica no estado e estruturar o tão desejado polo metalúrgico é um sonho antigo que atravessa gerações. O primeiro projeto de uma siderúrgica no Ceará é da época do ex-governador Virgílio Távora, em 1979. Mais de 30 anos depois, pela primeira vez, as obras estão avançando em fase de terraplenagem.

Dentre os grandes empreendimentos pensados para o estado, é um dos mais avançados e também o único a estar na Zona de Processamento de Exportação do Pecém (ZPE-Pecém). O atual projeto não é mais o primeiro pensado. Agora, o empreendimento tem uma composição societária totalmente diferente.

A brasileira Vale uniu-se às sul-coreanas Posco e Dongkuk Steel para estruturar a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). A expectativa é de aumentar em 6% o Produto Interno Bruto (PIB) Estadual na fase de construção.

Pelo cronograma, o empreendimento deverá entrar em operação em 2014. Na primeira fase, o valor estimado é de US$ 4,2 bilhões, mas “por se tratar de política da empresa”, não é possível informar quanto já foi aplicado desse total.

Obras

No canteiro de obras da siderúrgica. As frentes de trabalho para terraplenagem (técnica para aplainar e aterrar o terreno) foram divididas em quatro setores. Atualmente está sendo executado o setor 3 (169 ha de área) com 40% dos serviços concluídos. A área é destinada às construções mais importantes, como as áreas do Alto Forno e da Aciaria. Nessa fase, estão sendo gerados 150 empregos diretos e indiretos.

A expectativa é de que os trabalhos sejam concluídos até fevereiro de 2012 com início da nos setores 1, (89ha), 2 (111ha),4 (130ha). Os setores serão executados em paralelo com previsão de conclusão final da terraplenagem em dezembro de 2012.

Mesmo depois de tantos anos em que se fala do projeto da siderúrgica, muitas pessoas no entorno não sabem como vai funcionar o empreendimento e alguns reclamam também que não foram ouvidos e são retirados sem uma indenização favorável.Segundo informações da assessoria de imprensa, a CSP já apresentou o projeto às comunidades do entorno do projeto.
Saiba mais
1979 - Governador Virgílio Távora começa a pensar uma usina siderúrgica e uma refinaria de petróleo para o Estado com o objetivo de transformar o estado no terceiro polo industrial do Nordeste.

1996 - Anunciada a instalação de uma siderúrgica no Ceará. O investimento estimado para o empreendimento era de US$ 800 milhões. A principio seria dividido entre a Companhia Siderúrgica Nacional (com 51% de participação) e o restante pela norte-americana Nuccor Steel.

Janeiro de 1999 - As obras da siderúrgica da Nuccor Steel deveriam ter começado.

Dezembro de 2009 - Tiveram início as obras de preparação para a terraplanagem da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

Setembro de 2010 - Começou efetivamente o processo de terraplanagem. Cerca de 71 trabalhadores estão realizando as atividades atualmente. O canteiro de obras já foi concluído e está sendo construída a cerca da área da siderúrgica.

Novembro de 2010 - A empresa coreana Posco assinou memorando de entendimento estabelecendo as bases para sua entrada na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) com a Vale e a Dongkuk. A Vale passa a ter metade do CSP. A Dongkuk fica com 30%. A Posco tem 20%.

Abril de 2011 - Vale admitiu reduzir participação da Siderúrgica. No mês, a CSP adquiriu 60% do terreno. Na época, faltavam apenas 370 hectares.

Maio de 2011 - CSP firma contrato de US$ 4,5 bi em 2011 com a Posco Engineering & Construction para obras. Vale, Dongkuk e Posco oficializam a composição acionária da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) em junho.

Agosto de 2011 - Em sua primeira visita ao Ceará como presidente da República, Dilma Rousseff inaugurou o início das obras de terraplenagem da CSP, da correia transportadora de minério de ferro do Complexo Industrial e Portuário e do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut).

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