quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Como participar de uma Missão de Paz da ONU, como policial


De acordo com os manuais das Nações Unidas voltados para a atividade de polícia em Missões de Paz, estão previstas algumas características para a participação, tais como: polícia uniformizada, ostensiva, que atua diariamente nas ruas e em contato direto com a comunidade, quer em patrulhas ou outros tipos de policiamento.
Considerando as características das Instituições policiais brasileiras, a única que atende aos padrões ONU são as polícias militares, ficando decidido que caberia a essas instituições a assunção das funções junto a ONU.
Durante alguns anos, a seleção ficou a critério das Corporações PM, contudo, após alguns problemas típicos de indicações pessoais e não técnicas, coube ao Exército, através da Inspetoria Geral das Polícias Militares-IGPM-COTER elaborar os processos seletivos. Ou seja, não ha “peixadas” ou “apadrinhamentos”. Os policiais militares que participam de Operações de Paz vão de acordo com as próprias qualidades e capacidades individuais, e por meio de processo seletivo rigoroso.

Alguns pré-requisitos:

- Ser voluntário;
- Ser Oficial ou Praça PM com mais de sete anos de serviço;
- Ser fluente em língua estrangeira;
- Estar em boas condições físicas e psicológicas;
- Habilitado para dirigir veículo 4×4;
- Habilitado em armas de porte;

Anualmente, cerca de dois processos seletivos acontecem, um em cada semestre. Essas seleções variam ano após ano. Basicamente, a IGPM aplica provas em Brasília, Belo Horizonte, em alguma capital do Nordeste e outra do Sul.
Um ofício é encaminhado ao Comando de cada Corporação PM, encarregado em divulgar e apresentar os voluntários.

As provas são:

1- Idiomas (inglês e francês), composta por 4 fases (interpretação de texto, auditiva, escrita, conversação)
2 – Caso aprovado, o candidato fará provas de Direção defensiva 4×4
3 – Provas de tiro
4 – Avaliação psicossocial

As provas mais complicadas e que reprovam cerca de 50% dos candidatos são as de idiomas. Não são tão difíceis como se comentam, mas tem que se ter um nível bom de idioma para ser aprovado. O problema principal desta prova é o tempo dado para realização.
Os candidatos aprovados farão parte de um banco de dados junto a IGPM e concorrerão, de acordo com suas características pessoais e profissionais (CV) com os demais. Algumas missões exigem patentes, veja bem, a ONU tem preferência pelas patentes de capitão e major, mas não é regra, podendo as vezes o comando ser feito por graduados, pois o que importa para a ONU é a competência, e os “Ranks” dos policiais lá fora são diferentes daqui(postos e graduações), contando também, tempo de serviço, fluência no idioma, etc.

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